É necessário informar que essa primeira reunião com a Cooperativa, também serviu para informar e articular estratégias para mobilizar os extrativistas e/ou agricultores familiares a participarem de mais uma ação promovida pela Seagride que tem o objetivo trabalhar a cadeia produtiva do extrativismo possibilitando a geração de renda.
Os extrativistas e/ou agricultores interessados no programa devem participar de uma reunião que já está pré-agendada para o dia 15 de fevereiro com a empresa parceira para apresentação de propostas de venda da produção da fava d'anta e outras informações que serão repassadas pelos representantes da empresa.
Informações pertinentes sobre a espécie
A fava d’anta é uma
árvore de casca grossa e caule retorcido comum no Cerrado brasileiro. As
árvores têm porte médio, podendo atingir até 20 metros de altura, mas
normalmente tem bem menos que isso. Essa planta da família das leguminosas tem
duas espécies popularmente conhecidas como fava d’anta, favela, fava de arara,
falso-barbatimão ou faveira. Pela ciência elas são conhecidas como Dimorphandra
mollis e Dimorphandra gardneriana. As duas espécies são muito semelhantes em
termos botânicos, ecológicos e também em seus usos comerciais e medicinais. Os
procedimentos para o manejo também são os mesmos.
A fava d’anta, assim
como outras árvores da família das leguminosas, é de grande importância para a
fertilidade dos ecossistemas, pois suas raízes têm a capacidade de fixar
nitrogênio no solo. Trata-se de uma espécie muito resistente que consegue se
desenvolver em condições ambientais adversas onde muitas plantas não conseguem
se estabelecer. A fava d’anta tem a capacidade de se desenvolver em solos
pobres, secos, pedregosos e ácidos, atuando como uma planta pioneira na
sucessão ecológica, pois criam condições para as espécies mais exigentes se
estabelecerem em seguida. Os frutos da fava d’anta são importantes recursos
para a fauna. Os frutos e sementes das favas são consumidos por diversos
animais como a anta, as araras, os tucanos, o veado, a cotia, assim como outros
roedores, outros mamíferos e diversos insetos. Por conta desses fatores, a
árvore deve ser protegida e os extrativistas devem considerar sua importância
ecológica para os ecossistemas e para a alimentação da fauna no momento de
fazerem o manejo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário