Depois de muito tempo sem que houvesse Corte de fornecimento
de Energia Elétrica, o Perímetro Irrigado Tabuleiros de São Bernardo, mais uma
vez teve a infeliz surpresa do Corte de energia às Estações de Bombeamento
Principal (EBP) e Estação de Bombeamento Secundária (EBS-01 e 02). O referido corte
já é o terceiro somente este ano estando há mais de 30 (trinta) dias desligado
o sistema. Tal fato se deu por atraso no pagamento das faturas de energia das
referidas unidades consumidoras a Companhia Energética do Maranhão - CEMAR, pelo o então responsável
Departamento de Obras Contra as Secas – DNOCS.
As faturas que já se encontravam em atraso há mais de três meses, mesmo com
atrasos anteriores que também levaram ao corte, mais uma vez não foram pagas.
Isto tem conseqüências bastante graves, pois a falta de energia acarreta
diretamente a falta de água de irrigação e que por sua vez, poderá em
pouquíssimo tempo ocasionar perda de produção dos lotes já implantados e
produzindo, além de comprometer os investimentos realizados pelos agricultores
para a implantação de suas áreas a serem preparadas para a safra 2017/2018.
O
mais agravante disso tudo, é que o tanto o Governo
do Estado do Maranhão como o DNOCS já sabiam e sequer tentaram chegar a um
acordo junto a CEMAR no sentido de
negociarem um prazo para tentarem resolver o problema. E porque cito o Governo
do Estado do Maranhão? Porquê, o governo do Estado do Maranhão celebra desde do
início do ano um Acordo de Cooperação Técnica junto com o DNOCS e a Associação dos
Irrigantes do Perímetro Irrigado Tabuleiros de São Bernardo – ASITASB e que
por conta desse mesmo acordo deveria está prestando serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)
aos mesmos e, também, auxiliando-os nessa discussão como do atraso de pagamento
das faturas de energia elétrica pelo DNOCS
junto a CEMAR, como nas questões
de ordem Administrativa e de Gestão do Projeto Tabuleiros de São Bernardo.
Lamentavelmente, parece que nem o Governo
do Estado e nem o DNOCS estão preocupados em resolver ou sequer discutir o
problema em busca de soluções. As ações por parte do Governo do Estado do Maranhão, além de muito discurso e mídia, se limitam a distribuição de sementes, um
técnico destinado a fazer ATER de maneira precária e sem infra-estrutura de
apoio logístico e econômico e promessas no vazio que vão se esvaziando com o
tempo. Não
há como avançar sem uma política mais eficiente de respeito e incentivo, por parte do Estado, para a organização
na agricultura familiar dos irrigantes dos tabuleiros.
Os agricultores
familiares que usam tais áreas já haviam conquistado uma boa produtividade
antes mesmo do governo Flavio Dino
burocratizar o sistema assinando termos e termos, acordos e acordos, quando
peregrinava juntos aos irrigantes pedindo apoio a sua tão sonhada
eleição. Para isso, é urgente que o governo materialize o seu discurso
transcendendo da utopia para a transformação social das famílias que lá estão, garantindo recursos
para investimentos em infraestrutura, logística e crédito diferenciado,
formação e gestão e valorização profissional.
O problema é ainda maior, porque ninguém é responsabilizado, nem a Empresa
Concessionária, nem o governo Federal e nem o governo Estadual, tendo o
agricultor que arcar mais uma vez se nada for feito, com os prejuízos. “Sem
energia, as famílias não produzem; sem produção, não há geração de trabalho e
renda, nem como quitar os débitos”, afirma uma
liderança da Associação dos Irrigantes do Perímetro Irrigado Tabuleiros de São
Bernardo – ASITASB
Nenhum comentário:
Postar um comentário